Processos melhoram o combustível premium Ecodiesel
Mistura obrigatória de biodiesel no óleo diesel determinada pela política de biocombustíveis reduz a qualidade do produto
Por Aline Albuquerque
Ao chegar em um posto de combustíveis, você se preocupa com a composição do combustível que abastecerá o seu veículo? Seja álcool, gasolina ou óleo diesel, geralmente não observamos a composição do combustível que abastecemos - e, especialmente no caso do óleo diesel, o percentual de mistura do biodiesel. Mas, por que este componente está presente em nosso óleo diesel, numa mistura fornecida de forma pré-definida, realizada diretamente pelas distribuidoras?
O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) publicou, em 2018, uma resolução que determinava a adição obrigatória mínima de 13% de biodiesel ao óleo diesel à partir de 2021, de modo a chegarmos ao percentual de 15% da mistura até março de 2023. Esta resolução visa o aumento da produção e do uso de biocombustíveis no Brasil, conforme uma das metas da Política Nacional de Biocombustíveis (RenovaBio).
A razão para o incremento do uso de biocombustíveis na composição dos combustíveis brasileiros é a melhoria da matriz energética nacional, a qual já é uma das mais limpas do mundo. O uso de biocombustíveis garante ao Brasil considerável redução de emissão de poluentes como gases estufa.
O biodiesel é um combustível renovável obtido a partir de um processo químico denominado transesterificação. De acordo com a ANP, ele pode substituir, parcial ou integralmente, compostos de origem fóssil em motores ou em outros tipos de geração de energia. Por ser biodegradável, e praticamente livre de enxofre e compostos aromáticos, apresenta impactos menores ao meio ambiente. Por determinação da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), atualmente o óleo diesel que é comercializado e abastecido nos veículos e equipamentos movidos à este combustível, possui mistura de 10% de biodiesel - um valor que deveria se maior maior, 13% em 2021, caso o cronograma e meta do programa de biocombustíeis fosse mantido.
A espécie de “congelamento” do percentual de mistura é resultado da tentativa de frenagem das altas dos preços dos combustíveis. Afinal, sendo a soja a principal matéria-prima para produção do biodiesel,, qualquer impacto de aumento da commoditie no mercado internacional afeta diretamente o custo final do combustível misturado.
Portanto, na condição atual de custos, quanto maior o percentual da mistura de biodiesel , mais caro será o litro do óleo diesel para o consumidor. Isto justifica a manutenção da mistura nos atuais 10%, solução adotada para não elevar o preço final do produto.
Para além dos preços, o biodiesel também pode ser visto como “inimigo”, primeiramente pelo fato dos motores serem projetados para funcionamento com o produto puro e otimizado para esta condição Mas também porque o biodiesel possui características diferentes do óleo diesel, afetando condições desde armazenagem do produto até o desempenho geral de motores.
Os modernos processos de controle de qualidade, filtragem, desidratação e aditivação tornam o combustível Premium Ecodiesel de altísima qualidade, e isento de impurezas.
Vale ressaltar também que os produtos Ecodiesel também recebem tratamento agroprotetivo, atuando diretamente na prevenção da proliferação de bactérias e de fungos nos tanques dos equipamentos e de armazenamento de combustíveis. Esta tecnologia eleva consideravelmente o nível de qualidade dos produtos ofertados pela Ecodiesel, além de proporcionar economia e maior longevidade ao sistema de injeção de combustível e seus componentes.
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